terça-feira, 23 de agosto de 2011

Série Destino - Parte 1


Em 1999, quando eu assisti ao lançamento do filme Matrix, uma frase do filme dita pelo personagem Neo, me chamou muito a atenção e ficou gravada em minha memória. A frase se dá quando o personagem Morpheus , pergunta a Neo se ele acredita em destino, a resposta é clara é objetiva; "Não acredito, porque não gosto da ideia de não poder controlar minha vida!" responde o personagem..

Tomei essa ideia pra mim durante muito tempo, pois eu também não poderia aceitar o fato de que não sou eu quem decide, controla, escolhe e determina os fatos que moldarão o meu futuro, sempre respondi que o destino ou futuro, nada mais é do que a consequência das escolhas que eu faço no presente, mas, será?

O fato é que a ideia de um futuro ou destino predeterminado move filosofias e religiões ao redor do mundo e grande parte da humanidade possui uma crença no destino. O Problema é que o nosso cérebro tem um defeito congênito: ele é programado pra encontrar sentido em qualquer coisa, inclusive para a existência.

O cérebro tende a confundir muito coincidência com destino, por exemplo: As chances de o resultado do próximo sorteio da Mega-Sena ser de: 01, 02, 03, 04, 05 e 06, são estatisticamente as mesmas de de dar um resultado com qualquer outro mais comum; mas o cérebro tende a aceitar o primeiro resultado como especial, isso porque a nossa mente esta acostumada com padrões. Então naturalmente tendemos a vincular coincidência com destino predeterminado.

Em contrapartida, não deve ser a toa que algumas religiões ligam o movimento dos astros aos eventos que acontecem com a nossa vida na terra a séculos, e assim, acreditam ser possível através da astrologia prever ou adivinhar o futuro. As religiões estão fortemente vinculadas a ideia de que exista sim um futuro ou destino predeterminado; um exemplo básico é a lei do carma, que diz que tudo o que você passa nessa vida, são consequência de escolhas e atitudes tomadas em vidas passadas, essa lei foi elaborada a mais de 3 mil anos na Índia e é aceita até hoje pelo Espiritismo, uma das religiões mais populares principalmente no Brasil e que tem crescido muito.


No Cristianismo, também não é diferente, de acordo com as escrituras, já existia um plano, predeterminado para que Jesus morresse crucificado e a traição de Judas nada mais foi do que um instrumento para que o plano divino pudesse ser concretizado. Seria Judas um homem mau mesmo como acreditamos a 2 mil anos, ou ele foi predestinado a ser mau?


Se por um lado negar a existência do destino traz uma responsabilidade enorme por entendermos que o nosso futuro é uma consequência das escolhas  e atitudes tomadas no presente, por outro lado, aceitar a ideia do destino traz um certo medo por não sabermos de antemão o que esta ou foi predeterminado para o futuro de nossas vidas. Além do mais, crer na existência do destino gera base para outras crenças que podem ser discutíveis, por exemplo, seria impossível crer na existência do destino, sem admitir a existência do sobrenatural e a existência ou não do sobrenatural gera discussão para mais de metro.


E para quem tem a mente fértil, discutir e analisar se existe ou não um futuro ou destino predeterminado pode parecer bastante interessante e é exatamente isso que o blog pretende discutir em uma série de alguns artigos que serão postados no futuro. Uma coisa é certa, já esta predeterminado por mim que a série continua.


Jhonathan Souza


"Mente fértil,Plantando idéias, colhendo conhecimento"



Um comentário:

  1. Eu acredito q o meu destino foi traçado por Deus, Tbm acredito q muitas vezes nós seresm humanos tentamos mudar isso, pois tentamos mudar algumas coisas q Deus escolheu para nós. Um exemplo básico é o amor, Deus coloca alguém ao nosso lado q muitas vezes não aceitamos ou não damos o devido valor, daí perdemos essa pessoa e só nos damos conta lá na frente a besteira q fizemos. Isso e tentar mudar o destino!!!

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